sábado, 10 de outubro de 2009

Guardiões do tempo.

Olho para as horas,
sempre as mesmas
adiantes ou tardias
e os relógios não param.
Não são só máquinas.
Pensam que determinam o futuro
e nada é tão imprevisível
embora muitos tentem
anunciar.

O que serei daqui alguns
minutos? O que será de nós?
Medo? Isso eu sentia antes.
Agora sinto saudade.
Saudade do futuro que não sei,
do passado que pensei saber,
se nada sentisse, nada saberia
nada seria, portanto,
não sou.

Os espamos cronológicos seguem
eternamente divididos em
segundos, empestando o vento
com o escarro tumoral
chamado tempo.
Por onde viajo, viajamos
juntos e escorremos pela derradeira
e única ladeira da qual
jamais sairemos...até
o romper
da noite
eterna.

2 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Realmente Ricardo, uma grande ver dade, não sabemos o futuro, e o passado nunca é como o imaginámos, lindo.

Bjs

Cynthia Lopes disse...

Meu querido amigo,
tempo? Não há,
temos um vir a ser
o que de certa forma,
já somos, um pressentir
e o mar.
Sereno deixe o mar levar
todo o medo, porque o certo
é que nada sabemos mesmo,
e cada um sabe em seu interior,
como lhe cabe melhor aquele
que tudo sabe. bjs