quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Passagem.

Dedilhei os meus sonhos
e cada nota pulsava enganos.
Era a minha vida
em resposta ao silêncio.
Enquanto a melodia calada
em cada arfar indagava
o que foi feito do tempo
que eu não tinha a perder?
Se não perdi,
onde está?

sábado, 4 de dezembro de 2010

Inverso..

Hoje nada tenho de real
nem em meus olhos
ou nos caminhos inversos.
Não traço figuras
resultantes dos rescunhos
porque de nada valem
além de definirem meu rosto.
Hoje nem os fantasmas
nem as lembranças
nada me aprisiona
além de aferrarem
minha vida..