Por tudo que já foi dito, maldito
escuto o vento.
Por todas as sombras que escureceram
o olhar dos homens,
eu fito o sol.
Ainda que caiam tenebrosas trovoadas
escuto o cantar dos pássaros.
Por todas escrituras sagradas ou amaldiçoadas...
leio suas frases.
Esqueço a dor em meu peito, deito
sobre a relva da manhã.
E amanhã
serei melhor, maior
Esqueço os espessos traços de angústia
de "vereda" saio por Holandas, Iolandas ou Madagáscar.
Sou tudo isso e mais um pouco,
louco, amanhã serei outro.
Talvez mais solto, tenso ou cativo.
Mas vivo.
Ainda que as manchas solares despreguem-se
e explodam.
Eu inspiro o ar do deserto,
decerto estarei a cantar..
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
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3 comentários:
Tirando do lodo, o melhor!
Adorei o texto, e o comentário no meu blog foi bem a calhar.
Um excelente final de semana pra você ;)
Bjão!
Lindo Ricardo e tambem muito forte
gostei muito desse poema.
Bjs
de certo estarás a cantar! (posso até te ver),
bjs
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