segunda-feira, 25 de maio de 2009

Palavras para o vento

Mário Quintana e Carlos Drummond de Andrade,
conversando eternamente em Porto Alegre.

Não vou mais falar, nem
ouvir
poemas, luzes nem campos de estrelas.

Nem dizer de caminhos
que desconheço.

Não quero olhar o mesmo trapo
que um mendigo perdido deixou cair
na chuva.

Nem as árvores serão minhas
ou a velha feira do livro.

E se as janelas fecharem
e portas não resistirem
saberei que estou certo.

Não quero voltar.
Nem mais.