Procurava num mapa
de uma cidade desconhecida
num lugar abstrato distante diáfano
procurava no cerne do oco centro da Terra
num algo esquecido de um coração distraído
Procurava dentre as montanhas, Alemanhas e Israel
nas frases soltas amargas num papel... perdido
nas estações de rádio ou dos trens desgovernados
onde o nada governava tudo e tudo corria por nada
nas versões absurdas
que ninguém jamais traduzira
nas esquinas perdidas das vilas
nos porões cobertos de ira.
Nunca procurou na verdade,
em meio ao medo, nos dedos do futuro
jamais procurou no escuro,
entre a discórdia bradas da guerra
não encarou o soldado ferido
em sua volta sem honras
não olhou para o rosto conhecido
que lhe ofereceu ajuda quando não pedia
nem avançou sob a luz do dia
esqueceu da noite de luar, por julgar inútil.
deixou brilhar o fútil
em seu olhar vazio.
Perdeu o rumo, o prumo, o lume da estrela da manhã
tudo por uma paixão insana e vã
que nunca lhe devolveu a paz
nem a ilusão do embriagado
por quem morrerá, se capaz
certamente... e eternamente
apaixonado.
domingo, 18 de outubro de 2009
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4 comentários:
"certamente... e eternamente
apaixonado."
bjs
Ricardo
Lindo.
eternamente apaixonado,é o que se procura incessantemente.Boa noite meu amigo.
Bjs
Este é um pequeno poema que fala em breve momento de uma paixão...Uma busca que não é pela paixão, mas sim paixão pelo ato de buscar...Espero que seja eternamente Cynthia..
Beijo..
Sonhadora.
Oque dizes é a pura verdade é uma procura incessante. E isso sem dúvida apaixona..
Beijo.
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