sexta-feira, 6 de março de 2009

Lua


Num cantinho de céu

mora uma pequena lua,

presa em seu quarto dourado.

Reflete as lembranças

e faz crescer as plantas

no pequeno jardim.


Ela mostra sua outra face,

finjo que não vejo

e ela faz, subir a maré.

Lua nua, modelada em argila

crua e dourada pele,

ao se romper.


Pela própria ira, pequena lira

se desmancha agora quando

deveria tocar.

Cá em baixo eu colho no jardim,

da sua pele, dourada,

seca de barro, e olho pro céu.


Vejo perdida, a lua esquecida.

Dança e me lança seu raio de dor.

Queres assim, lua "candente"?

Ó sim, ela assim quer!

Então assim será.

2 comentários:

Cynthia Lopes disse...

Bela imagem, crua lua, versos de fogo... bela poesia. bjs

Ricardo Kersting disse...

Olá minha poeta, estou respondendo tudo atrasado! Mas vale o que escrevi noutro comentário, o sentimento ainda é o mesmo.
Beijos