domingo, 8 de março de 2009

Vento


Abri minhas mãos ao vento.
Não preciso mais nada,
nem saber nada de mim.

Vento que bate em meu rosto.
Impulsiona a poeira
embaçando minha visão.

Vento condutor das notícias,
do front, às milícias,
de onde ninguém voltará.

Vento. De origem qualquer,
ferindo os pés descalços,
abrindo as matas misturando os sinais.

De pessoas vivas ou mortas.
Quem não veremos mais.
Serestas
passeios
verão
varais.

Vento.


4 comentários:

Cynthia Lopes disse...

Vento, ventania, me leve daqui...
(ainda sou bem vinda). mil bjs

LiLi disse...

Vento... Vento... O vento leva muita coisa... E traz! ;)

Ricardo!! Demorei a responder!! Fiquei muito feliz com seus comentários! :D Adorei suas visitas, esperoq continues.. Estarei sempre aqui conferindo oq vc anda aprontando!! :) Lili é apelido de infância.. COnheço essa obra de Quintana - ADORO o trabalho dele- mas sua pergunta adicinou significado! Não sei se lestes os antigos posts, mas o blog em si nasceu devido à minha leitura de um belíssimo livro: A menina que roubava livros.

Bem, mais um vez agradeço! vc eh mt gentil!

Abraços!!

Ricardo Kersting disse...

Minha poeta querida! Se isso é uma pergunta, a resposta é sim e sempre.
Que o vento não te leve para muito longe.
Beijos

Ricardo Kersting disse...

Oi Lili, Bons ventos te trouxeram!
Estou muito feliz com a tua presença! Estou respondendo meio atrasado, mas o sentimento ainda é de alegria.
Abraços