Havia uma lista de coisas
Pequenas mudanças que escrevi
nas orelhas de macaco.
Isso! ainda era inverno.
Eu mudei de lá para...mais adiante.
Havia outras coisas
que poderiam ser a chave mestra
que me mostraria o mundo.
Mas eu era outro e outros são diferentes.
As folhas da árvore gigante
cairam sobre o capim seco verde-dourado.
Bem na frente da velha escola.
Eu ainda era pequeno
e as orelhas de macaco murcharam
perderam os rabiscos feitos a lápis de cor
de caneta esferográfica preta...minha preferida.
As coisas mudaram.
Tudo ficou escondido nas orelhas do tempo.
A escadaria ainda existe
aguarda minha velhice
só para escarnecer da época
em que eu era um herói correndo sobre
as estrelas
sobre o capim seco
à sombra das orelhas
da infância.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
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2 comentários:
Engraçado, também sempre gostei muito mais das canetas de tinta preta! Muito bom o poema, cheio de chaves de decifração, de significantes, para que possamos refletir sobre o tempo.
bjs
Ricardo
Temos sempre o tempo à nossa espera, não podemos fugir.
Beijinhos
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