terça-feira, 17 de novembro de 2009

Promessas, santos e outras mentiras.


Não faço promessas, até porque
não tenho mais nada para prometer
que possa interessar...usar.
Sou um spectro escondido. No outro lado do rio Tige..Escuto
os gritos enlouquecidos...pelos
santos esquecidos e seus milagres midiáticos.
Agora somo as aparições no outro lado do oceano,
não há perda sobre perda que justifiquem tanta
loucura.
Honduras, Panamá, São Francisco.
Veias, brasas incandescentes
e nenhum sorriso.
É tudo igual de cima para baixo,
já não muda nem o idioma.
Os milagres esperados
dão lugar ao imponderável.
Os assassinos dentro e fora
dos presídios, também acreditam em santos
e rezam a eles todos os dias
fazem promessas, elegias
todos à mesma maneira
gritam loas, proferem besteiras
na mesma fé sem poesia.
Vivem a mesma mentira,
e nós pagamos
os pecados.

4 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Ricardo
Poema muito bonito.
Grito de revolta?
Gostei
Beijos
Sonhadora

Ricardo Kersting disse...

Não querida Sonhadora, não me revolto com as escolhas das outras pessoas e se me revoltasse, não gritaria..
Muito obrigado pela tua presença ao meu lado..
Beijos.

Cynthia Lopes disse...

Não podemos nos revoltar mesmo com as escolhas dos outros, temos responsabilidade sobre as nossas e tá de bom tamanho. Vc conseguiu resumir tudo em versos e o fez muito bem. bjins

Ricardo Kersting disse...

Oi Cynthia.

É verdade não podemos tentar interferir em escolhas de ninguém, muito menos nos revoltar..
Beijos