sábado, 7 de fevereiro de 2009

Versos para a próxima viagem


Teus belos olhos vendados

que tudo podem sentir

mesmo os caminhos fechados

para onde devo seguir.


O vento que sacode a cortina

desvendando os meus segredos

deixou alguns para a minha retina

reter à custa dos medos.


Eis que me vejo tão liberto

assim com Gerión, abro minhas asas

como Moshe, abri o "deserto"

soprando a cinza deixando as brasas


Minha visão ainda é criança

perto de ti, sou um menino

Quando olho não vejo, respiro esperança

de um dia mudar o meu cego destino

3 comentários:

Cynthia Lopes disse...

Oi meu querido menino, muito emocionante este seu poema...
lindo, lindo. mil bjs

Ricardo Kersting disse...

Sou tímido minha poeta. Mas de repente saio voando.
Beijos

Helena Erthal disse...

Interessante os "olhos vendados" que podem "sentir", eles transcendem o físico, a "visão" é absoluta.
Muito bom!