segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Vento sudeste.


Minhas mãos,
as mãos de um louco,
tremem torpes
ao cair da tarde.

Escondem-se impuras,
enquanto o sol
ainda arde,
como uma vela
em chamas
ao vento sudeste.

O barco parte
e eu nunca mais.

2 comentários:

Cynthia Lopes disse...

"Repousei a minha mão sobre o seu seio.
Ninguém viu, ou incrédulos passaram longe.
Repousei suavemente,
tanto que nem ela percebeu."

Eis minha resposta aos seus versos... que mesmo belos são tristes, assim, quis recuperar algo que vc mesmo escreveu com doçura e muito mais alegria. bjs

Ricardo Kersting disse...

Na verdade eu penso que os dois poemas são tristes! Mas são tristezas diferentes em suas origens, por isso um parece menos triste que o outro.
Mas o barco parte e eu nunca parti!
Beijos.