sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Às margens de um rio


Não pude mais seguir

o cansaço foi mais forte.

Em meus olhos havia a escuridão

do caminhante vencido!

Junto de ti estava Beatriz

Tu, a ninfa preferida.

Ela, a virgem que guardava as margens

do Eunoé.

Junto de nós toda a imensidão do tempo.

Tempo em que ficamos apiedando-nos

Vidas que perdemos pedindo perdão,

noites em que não sonhamos.

Junto de mim, a fraqueza humana

aos acordes do vento

que balançava a floresta idilíca.

De tanta sede caí às margens do rio

da sagrada água, bebi.

Não era mais um sonho,

era a busca da vida

que por medo

não vivi.

2 comentários:

Cynthia Lopes disse...

Você está a flor da pele!
Viva meu querido, abra as asas e liberte a alma da pedra, o coração merece bater forte e feliz. bjs

Helena Erthal disse...

"Junto de nós toda a imensidão do tempo" - imensidão que nos dá a esperança e todas as possibilidades nessa nossa curta jornada na terra! beijos