quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Assim ao luar.

Assim ao luar
teus olhos são profundos
abismos insondáveis
de mares inavegáveis
donde nem como Ulisses
poderia voltar.
Tudo em ti é inconstante
indecifrável, inebriante
toda em curvas ascedentes
me levam às encostas
soturnas derradeiras tangentes
cobertos de enigmas indizíveis
intraduzíveis
hieróglifos escondidos
gritos inaudíveis.

Enquanto jaz em tua voz
tudo que eu jamais falaria
nem como arauto gritar..ousaria.
Em teu sorriso selo
minha dor e alegria
em teus lábios meu beijo apelo
sob a luz dos teus olhos
negros profundos
porém raros de mistério
como a luz do luar.

2 comentários:

Cynthia Lopes disse...

Lindo poema! bjs

Daniel Hiver disse...

Assim ao luar, bem o luar é que sentimos por dentro a movimentação das coisas que jamais falaríamos,
nem como arauto. Mas que bom que existe a poesia para falarmos abertamente, ou nas entrelinhas.