terça-feira, 2 de abril de 2013

O menestrel calou.



Eu era um menestrel só
meu canto corria o mundo
desafiava o tempo
mas ninguém ouvia...
Eu era um homem só
o que minha voz não alcançava
minha visão se abria
envolta na noite
ou ao nascer do dia
minha voz te enlaçava
meu cantar te cobria.

O menestrel calou
já não tem forças
para entoar seu canto
não há motivos nobres
para desafiar o vento
e teu olhar atento
já não me pode guiar..

Não há mais a madrugada
nem o despertar do dia
não há nada em minhas mãos
há uma vida vazia.
O mundo perdeu uma voz
que mesmo sem ser ouvida
jamais deixou de tentar
mas, nada restou desse intento
nem um verso
nenhum invento

Não há mais o que cantar..

3 comentários:

Guacira Maciel disse...


Eu gostei, menestrel...volta a cantar, nem que seja só para alegrar a sua própria alma, porque sem isso morre um menestrel...
gpoetica

Guacira Maciel disse...


Eu gostei, menestrel...volta a cantar, nem que seja só para alegrar a sua própria alma, porque sem isso morre um menestrel...
gpoetica

Ricardo Kersting disse...

Oi Guacira, muito obrigado pela presença e essa visita...Um grande beijo...!