sexta-feira, 8 de abril de 2011

Vaga lembrança.

Descobri onde o sol dormia
de lá trouxe a derradeira chama
que extinguirá a humanidade
sobre ela expus a minha agonia.
Antevi as cores do mais remoto arco-iris
mesmo assim meu clamor não ouviste.
Insisti pelos cantos da minha dor sombria
enfim conheci o verdadeiro rosto da vida
e que ela inteira era menos
de um minúsculo segundo e que eu não tinha
nenhum lugar para ir a não ser deitar sobre a superfície
de um planeta condenado
esperando a chuva
para me esconder nos confins da memória doentia
como uma lembrança...vaga
e tardia.

3 comentários:

Matilde D'Ônix disse...

Poema diferente do que tenho lido. Gosto da parte inicial, que se completa com a parte final, como se um fio condutor fizesse a ligação entre uma e outra.
Tens sempre uma forma muito peculiar e interessante de nos dizeres de ti no mundo e do mundo em ti. Descobrir a luz, o fogo que nos faz mexer, é muito mais do que descobrir as formas que nos fazem andar.

Lembranças vagas e tardias, dizem muito, pois serão sempre um modo de nos redescobrirmos, mesmo que a luz se torne mortiça e o mundo seja incompleto na nossa memória.

Aqui te deixo as minhas palavras, e digo-te que também aguardo pela chuva, em todas as estações do ano, para me convencer a ir e não ficar, a contar os restos mortais de mais um nome, só mais um

Gosto de vir aqui
beijo Querido Ricardo

Matilde D'Ônix disse...

Ricardo, saudades das tuas palavras...

beijos

Um brasileiro disse...

ola. tudo blz? por onde andas? aqui esta muito legal. apareça por la depois que vier aqui e atualizar. abraços.