sexta-feira, 19 de junho de 2009

Espera

Era uma casa muito pequena.
Na sala apertada havia uma mesa sem toalha
um copo vazio guardava o tempo
em seu interior um universo se formava.
As paredes, testemunhas silenciosas do andar do tempo, perderam a cor.
Uma janela fechava para o mundo, um mundo que não existia.
Uma porta trancada com sete correntes esperava pela liberdade. Que tardia.
A luz há muito se fizera ausente
Apenas um brilho tênue dum risco de sol perdia-se no pó.

Neste cenário obscuro
gritei teu nome.

Espero o vento responder.

Um comentário:

Cynthia Lopes disse...

Não espere! Lindo texto Ricardo, apesar de soturno. Bjs