sexta-feira, 21 de maio de 2010
Piá.
O mundo era maior
as estrelas, muito mais perto
ouvia-se o coaxar dos sapos
sentia-se o espocar dos cascos
e eu..era bem mais esperto.
No jogo de bola
bolita, pião...por aí
não perguntava,
não respondia,
não adiantava perguntar
coisas que ninguém sabia.
Horas corriam devagar
eu pensava que jamais chegaria
o momento que teria saudade
do passado, da liberdade
se me contassem, não acreditaria.
De repente a vida passou num tufão
rasgando o vento sobre a cabeça
escrevendo na pele
para que nunca esqueça
como a brasa da memória
na palma da mão.
O piá..cresceu no alumiar das luas
marcado a ferro e fogo pelas ruas
mas, se perdeu no escorrer do dia.
Cresceu e o mundo ficou bem pequeno
lambeu-se as feridas
sugou-se os venenos,
que foram injetados nas esquinas do corpo
enquanto a infância
fugia.
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Um comentário:
Lindo poema!
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