Catavento
cata o intento
enche a barriga de vento
gira gira sem sair do lugar.
Catavento
seu contratempo
é se um dia o vento
parar de ventar.
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Atelier de Esculturas - Ricardo Kersting
Mármores
Do livro "Algumas verdades e mentiras" de Jorge Kersting
Às vezes me perguntam
Quem sou eu?
Eu sou um grão de areia
que vai rolando pela face da Mãe Terra.
Meu pó será levado nos braços do vento.
Para o infinito.
Em procura de um planeta para ficar.
Quanto tempo? Não sei.
Mas peço que me dê morada
num planeta de luz e amor.
Quem sou eu?
Eu sou um grão de areia
que vai rolando pela face da Mãe Terra.
Meu pó será levado nos braços do vento.
Para o infinito.
Em procura de um planeta para ficar.
Quanto tempo? Não sei.
Mas peço que me dê morada
num planeta de luz e amor.
Dos tempos
O inimigo invisível,
inexpugnável,
e seu arsenal
inesgotável.
Um corpo conquistado.
Mata em silêncio,
e em consonância com os
tempos
em sibilos
sussurros
e depois sai.
Mal insaciável
já busca a quem
enterrar seu punhal
perene
ignóbil
fatal.
Alimenta-se da amargura
da sordidez
do ímpio romper com a vida
nos limites
entre
a dor
e o
mal
Ricardo Kersting
Assim
Já que faz tanto tempo,
só queria lembrar.
Já gritei à tua porta
já citei teu nome em vão!
Decidi deixar assim.
só queria lembrar.
Já gritei à tua porta
já citei teu nome em vão!
Decidi deixar assim.
Lugar proibido
Meados de qualquer mês
na hora de qualquer dia
do tempo não sou escravo
a liberdade me guia
eu vou só por aí
passo a passo pela rua
vejo o sol morrer
vejo o nascer da lua
sou parceiro do pó
embriagado na solidão
sou continente isolado
já não inspiro paixão
sou como as águas de um rio
de um rio poluído
eu sou lugar
proibido
R.Simsen
na hora de qualquer dia
do tempo não sou escravo
a liberdade me guia
eu vou só por aí
passo a passo pela rua
vejo o sol morrer
vejo o nascer da lua
sou parceiro do pó
embriagado na solidão
sou continente isolado
já não inspiro paixão
sou como as águas de um rio
de um rio poluído
eu sou lugar
proibido
R.Simsen
Que coisa
Fui eu que vi a coisa?
Ou foi essa coisa que me viu?
Que coisa bem coisa!
Eu sou essa coisa que se vê, por aí....!
Ou foi essa coisa que me viu?
Que coisa bem coisa!
Eu sou essa coisa que se vê, por aí....!
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Quem sou eu
- Ricardo Kersting
- Cheguei à conclusão de que sou apenas alguém interessado em arte. Nada mais.
2 comentários:
Meu querido Ricardo
Um dia a tempestade vai, pelo menos amainar.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Voltei Ricardo,
o poema tem a força das coisas simples, tal como o Dom Quixote, de Cervantes e seus moinhos de vento.
Gostei muito, bjs
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