De onde vens gaudério?
Com essa cara tristonha
com esse olhar de quem não sabe
a diferença entre
viver e sonhar?
Para onde caminhas, triste vaqueano?
Não vês que teu tempo terminou, mas a estrada
não termina?
Para que mentir, gaudério,
com essa saudade sem pátria?
Com essa calma patética
e esse pesar?
Toma cuidado com a vida que trazes.
Esquece teu sonho
e busca tua paz.
Já não há caminhos distantes,
noites de luas nem picadas cerradas.
Já não há campo aberto, galponeiras
risadas ou um amigo por perto.
Já não há as geadas cortantes
o pó das estradas nem o gado bravio.
Não há mais as virtudes das parcerias
da vida de sonhos
das carreteadas
nem minuano a soprar.
Para onde vais gaudério?
terça-feira, 11 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Meu querido Ricardo
Um belo poema, como sempre.
Espero que estejas bem.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Tenho uma sugestão, gaudério, caso não te ocorra um lugar pra onde ir. Galopa livre, sem rumo ou parada, gaudério, que o mundo é um campo aberto, de mistérios recheado e de encantos a descoberto. Vai, gaudério, monta num cavalo alado e investe pelo torrão infindo... Vai, gaudério, que outras campanhas te aguardam.
Saudações.
Postar um comentário