Acordes de violão
longe da mesa do almoço
lembras que chovia?
As notas das nuvens, na forma de gotas
na forma da lei.
Gravitacional lei de queda e procura.
Enquanto quedavam as notas de chuva
longe dos pratos, dos talheres e toalha,
mas dentro de todos que viviam ali.
Entretanto havia cercas limitando os sonhos
nada poderia trazer mais solidão
do que pingos num telhado zincado
de acordes do seu violão.
A grama pontilhada de brilhantes
refletia desejos e esperança
nos olhares.
Em nome do pai, da mãe e dos filhos.
_Mãe chama teus filhos, chama e calor.
Quando um pingo venceu a janela
equilibrou-se no fio da lâmpada
caiu
dentro de um prato vazio de espera.
Estilhaçando-se em mil pequenas gotas-diamantes
acordamos do sonho
recém combinado
molhados
por um pingo (nota)
que venceu a janela
atravessou a sala
enviado pelo céu...
Plim.
2 comentários:
MEnino, belíssimo poema! Um bom final de semana!
Plim! Quanto poder há em um único pingo de chuva! Quanto haverá em uma única palavra? E numa certa frase? Abraços
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