Relato
Nuvens espessas sob o luar sereno
carregadas de dúvida e imenso pesar
meus pés longe do tombadilho
busco o infinito
homens loucos vejo, soltos aos mar.
O canto espalha-se em todos os cantos e prantos
de Selêne, alentos de Deusas perdido entoar
como Odisseu por Atena esquecido, mudo no tempo, me pus escutar
como Odisseu por Atena esquecido, mudo no tempo, me pus escutar
do mais alto vento vejo o girar do cabrestante.
Quando começara o canto
pensei ver, Dédalus voar...
Canto...
" Ó tormenta em vagas repentes
derramas turbilhões nas costas de Héracles, em Gibraltar.
Não podes ser contido menos ouvido
se cantas liberdade, liberto estarás
tormentas e vagas doutas de profundezas
donde Poseidon ri em seu eterno reinar.
Ondas selvas d'agua mágoas e passado
tudo é brilho imenso no intenso derramar".
Vês meu infortúnio?
Agora assim, preso
corpo teso
indefeso
te pões a cantar?
2 comentários:
E a poesia é sereia cantante, atraindo esses pescadores poetas, com suas letras que dançam, livres e faceiras. Com suas calejadas mãos de canetas. Ah, serão as sereias os versos, ou serão os poetas as sereias assassinas do tédio? Não sei. Não tem importância. Deixo-me guiar pelo canto da sereia. E não sou mais eu. Sou o próprio canto. Sou luar. Sou verbo. Palavra alada que me ensina a viver. Abraços, amigo. Obrigada pelo teu canto. Serei. AH...
Canto e cantarei sempre... só para lhe ouvir cantar seus versos ou direi encantar? rsrsrs... bjs
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