Crio coisas
Tenho um monte
numa caixa.
Elas se reproduzem
e eu busco outras
para viverem
perto de mim.
Há iludidas coisas, frias,
coisa linda,novas ou velhas.
Coisas difíceis, coisas estranhas
e coisas iguais.
Quando não ganho eu busco mais.
Ou de repente, elas surgem.
Numa tarde
numa noite
durante uma visita
sorrateiramente.
Coisa feia!
Distraidamente,
quando me dou por perdido,
elas me encontram aqui.
É sempre a mesma coisa.
Faço coisas
coisa de louco.
Isso é uma coisa!
A coisa complica.
Isso é outra coisa.
Coisa com coisa.
Vou na rotina.
Coisa chata!
Eu, vivo.
Como é a coisa hein?
Não vão me deixar
nem morto.
Que coisa!
Eu vou
elas
vão ficar
Coisas da
vida.
Coisas
que não morrem
coisas podem mudar.
É muita coisa.
Mudar de dono
mudar de casa
e
num quintal
se
enterrar.
5 comentários:
Oi, vi seu comentário no blog da Lili, me interessei e vim conferir! Suas palavras são certeiras na prosa (do comentário) e mágicas na poesia! Parabéns! Bj no coração, Jana
Janaina, estou muito contente com a tua presença no meu blog.
Também estarei te acompanhando
Beijos
Que imagem perfeita!!!!!!
Nossa, q único!
Bju!
Temos coisas, muito bem ditas no poema! fazemos, tecemos, compramos, precisamos, guardamos, nos rendemos às coisas? Às vezes são tesouros outras fardos, mas sempre nossas coisas...
Bela descri(a)ção. bjs
Pois é... Shakespeare diria que há mais coisas entre o céu e a terra, do que sonha nossa vã filosofia... e as coisas se multiplicam. Ainda bem que não nos coisificam, ao contrário, intensificam nosso desejo de construir... coisas?
Bjs, querido. Obrigada por tudo.
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