Hoje escrevo para ninguém
que cedo, muito tarde
em meu caminho vem.
Quando ninguém passou
um rastro de suave fragrância deixou
vi seus olhos negros, demais
sua juventude morena que me enfeitiçou.
Ela nunca me olhou... duas vezes
eu a olhei milhares de vezes mais.
Seu andar suave
seus lábios perfeitos
a pele alva atraindo meu olhar.
A vida recém lhe abriu os primeiros raios
enquanto eu.....me escondo na penumbra
do entardecer.
Escrevo agora à ela que é ninguém
assim como sempre serei ninguém para ela.
Por isso nos merecemos
e a minha paixão tem onde existir
posso me deixar nela fluir
tenho a quem dizer...te quero!
te espero....passar
que nao consigo ficar
sem te ver,
em teu flutuar provocante
em teu lindo corpo infante
quando teus quadris balançam
acompanhando a órbita dos teus cabelos
o ritmar dos teus seios e meus apelos.
Me sinto a salvo...pois nunca fui alvo
do teu olhar juvenil.
Mas não sei até quando
poderei suportar só olhando
sem poder te tocar
sentir teu negro olhar
e confessar...
que um dia fui alguém
mas hoje sou só quem
faz versos
para ninguém.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
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Um comentário:
Vixi, qto tempo não venho aqui! Quando volto, tantos poemas... que bom. Apesar de estar mais devagar e de tanto que tenho a percorrer é sempre legal voltar e também te ver. bjs
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