Partem as nossas obras. Não partimos nós. Permanecemos, criando. Criamos, permanecendo. Não estamos de passagem. Passeamos entre o que nossas mãos tocaram, entre o que nossos espíritos desejaram um dia. Quintana diria: "(...)que importa restarem cinzas, se a chama foi bela e alta? (...)". Pois resta, da obra, o pó de mármore. Não importa. A obra não foi, ela É bela e alta. Então, como Quintana, "cantemos a canção da vida". Não tenho como expressar minha impressão da foto. Mas sei que tu sabes. Perfeição é uma palavra pequena, não cabe, não cabe... Se nossa obra segue por outra estrada, e se cai em outras mãos, lembre sempre: ficamos nós. E essa deusa que nasceu dos teus olhos e da técnica que suaste ao longo dos anos, há de carregar com ela esse transbordamento de arte que verte dos teus poros. Pó de mármore? Paixão. Bjs, meu querido.
Do livro "Algumas verdades e mentiras" de Jorge Kersting
Às vezes me perguntam Quem sou eu? Eu sou um grão de areia que vai rolando pela face da Mãe Terra. Meu pó será levado nos braços do vento. Para o infinito. Em procura de um planeta para ficar. Quanto tempo? Não sei. Mas peço que me dê morada num planeta de luz e amor.
Dos tempos
O inimigo invisível, inexpugnável, e seu arsenal inesgotável.
Um corpo conquistado.
Mata em silêncio, e em consonância com os tempos em sibilos sussurros e depois sai.
Mal insaciável já busca a quem enterrar seu punhal perene ignóbil fatal.
Alimenta-se da amargura da sordidez do ímpio romper com a vida nos limites entre a dor e o mal
Ricardo Kersting
Assim
Já que faz tanto tempo, só queria lembrar. Já gritei à tua porta já citei teu nome em vão!
5 comentários:
Lindo Ricardo, a foto e o poema se complementam num último adeus a obra! Lindo, me emocionou...
bjs
Uau...
Também achei maravilhoso este casamento de foto e texto.
Abraço, amigo!
Linda fot e lindo poema.
Li quase tudo... teu amor transborda por tua arte, que percebi serem muitas... é certamente um homem incrível !!!
Adorei ter vindo aqui !!!
Beijo especial,
Solange
passe lá no meu cantinho....
http://eucaliptosnajanela.blogspot.com
Partem as nossas obras. Não partimos nós. Permanecemos, criando. Criamos, permanecendo. Não estamos de passagem. Passeamos entre o que nossas mãos tocaram, entre o que nossos espíritos desejaram um dia. Quintana diria: "(...)que importa restarem cinzas, se a chama foi bela e alta? (...)". Pois resta, da obra, o pó de mármore. Não importa. A obra não foi, ela É bela e alta. Então, como Quintana, "cantemos a canção da vida". Não tenho como expressar minha impressão da foto. Mas sei que tu sabes. Perfeição é uma palavra pequena, não cabe, não cabe... Se nossa obra segue por outra estrada, e se cai em outras mãos, lembre sempre: ficamos nós. E essa deusa que nasceu dos teus olhos e da técnica que suaste ao longo dos anos, há de carregar com ela esse transbordamento de arte que verte dos teus poros. Pó de mármore? Paixão. Bjs, meu querido.
Ah que lindo!
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